QUEM TEM BALA NA AGULHA?
Previsão do tempo indica possibilidade de rajadas na eleição da mesa diretora da Câmara logo mais à noite Suspense para o resultado da eleição que vai escolher os donos dessas cadeiras até o final de 2022
Circula no escondidinho do Whatsapp um contrato de intenções e outras avenças - não assinado - com a proposta de inscrição da chapa 'Trabalho e progresso’ para a mesa diretora da Câmara Municipal de Manga pelos próximos dois anos.
O título dessa chapa, por sinal, é um primor de criatividade e inovação - bem típico das empreitadas feitas às pressas e, por isso mesmo, prenhes de algum risco ao insucesso.
O vereador reeleito Dão Guedes (PT) aparece como presidente da tal chapa, que conta ainda com os estreantes legislativos Jackson Vinicius Cunha (Republicanos) para a vice-presidência, além de Jácia Lopes (PSD) aspirante à 1ª secretária e Gilson Francisco Viana, o Tola (Republicanos), candidato ao cargo de segundo secretário.
A FILA ANDA - O arranjo é uma tentativa de desfazer o nó em que se transformou a eleição para a mesa diretora da Câmara, já que nenhum dos três grupos políticos mais representativos da cena política local têm, isoladamente, a maioria de cinco votos para bancar uma aposta puro sangue ao comando da Casa.
A base original saída das urnas deu ao prefeito Anastácio três parlamentares na Casa, mas é suplantada pelo grupo oposicionista ligado ao ex-prefeito Quinquinhas de Quinca de Otílio, o Joaquim Oliveira (PSD), que conta com quatro cadeiras sob controle - ou contava, porque rei morto, rei posto. Quinquinhas pode ficar inelegível pelos próximos 10 anos e a fila para herdar seu legado começou a andar.
O fiel da balança cabe ao Republicanos, partido que tem a neoliderança de Vinicius Ramos, o Vinicius Interpop (Republicanos), e do agroempresário Carlito Oliveira (PSL). A dupla esteve junta nas últimas eleições na condição de candidatos a vice e a prefeito - respectivamente -, mas tudo indica, já deu início ao processo não litigioso de divórcio.
SEM RAZÃO - A eleição da noite desta sexta-feira (1º) promete algum suspense e boa chance de reviravolta. O arranjo para colocar Dão Guedes na presidência da Câmara tem o dedo de Vinicius Interpop e caminha sob signo da nova política - aquela que propõe submeter interesses individuais aos da coletividade.
No caso em tela, advoga-se por uma mesa diretora representada pelos principais partidos que conseguiram enviar seus representantes para a Câmara Municipal. A proposta é boa e talvez fosse a mais justa. Mas, tem sempre do tal do mas: há vaidades e interesses individuais - além do ressentimento do grupo derrotado em novembro - donos de razões que a própria razão desconhece.
PEDRADA DE DOIDO - A coisa promete e nunca é demais recomendar cautela aos envolvidos no processo. Melhor ir com menos sede ao pote, porque há três coisas nesse mundo que o cristão tem que andar preparado para evitar se machucar: pedrada de doido, coice de mula e traição nesse tipo de avenças onde os interesses pessoais e políticos falam mais alto.
É capaz da vaca não reconhecer bezerro quando os votos forem depositados naquela caixa de papelão com veleidades de urna e a ventania da disputa ter ficado para trás nas brumas do novo tempo.
DESAPEGA - A tentativa de emplacar Dão Guedes na presidência da Câmara é uma aposta arriscada do deputado federal Paulo Guedes. O momento clama por mais desapego.
O ex-prefeito Quinquinhas, que por pouco não se amarra à cadeira de prefeito em tentativa de não transferi-la ao sucessor, cuspiu marimbondos quando ficou sabendo que a aliada Jácia Lopes faz parte do acordo. Consta que o ex-prefeito desautorizou a pupila e prometeu uma outra opção de chapa para a eleição de logo mais. A ver se sobrou alguma tinta na caneta do ex.
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